Para cuidar é preciso se amar

Para cuidar é preciso se amar

Autocuidado. Quando a gente pensa nessa palavra é difícil associá-la ao universo materno.  Mas cá entre nós: tem pessoa que necessita mais dessa demonstração de amor-próprio e autoestima do que uma mãe?

Sim, as mães precisam mais do que qualquer mulher de autocuidado. Porque estão o tempo todo doando o corpo, a saúde, o tempo. A vida pelo outro.

Falando assim parece muito fácil. Ah, vou tentar me cuidar mais, beleza! Mas na prática é complicado. Porque faltam para as mães tempo, dinheiro, informação, energia. E a gente vai se deixando de lado. Comendo mal, dormindo mal. Vivendo um dia após o outro.

Eu sei por que comigo foi assim durante três anos. O período que corresponde aos primeiros anos de vida dos meus dois filhos, o Rafael e a Clara. Eu tive meu filho e passei por aquela fase normal de adaptação, noites sem dormir e autocuidado zero. Um ano e meio depois, quando voltava a me enxergar, engravidei da minha filha. E tive que passar pelo mesmo processo outra vez.

Até que já não sabia mais quem eu era. Eu só trabalhava, amamentava e cuidava de crianças. Estava exausta e doente. Decidi então dar um tempo. O primeiro passo foi guardar dinheiro e pedir demissão do meu emprego formal.

É claro que nem todas as mulheres podem se dar ao luxo de seguir os sonhos, como eu fiz. A luta pela sobrevivência é dura e injusta. Mas a gente precisa trilhar um caminho mais leve. Cada uma de acordo com que é possível dentro da sua realidade.

Esse caminho passa pelo autocuidado, pela alimentação saudável, pelo conhecimento do próprio corpo. Por um estilo de vida mais consciente. E a consciência só vem com a informação.

Nos últimos anos, passei a pesquisar sobre alimentação saudável, terapias alternativas, beleza natural e estudos do feminino. Tenho participado de cursos, workshops e vivências nesses assuntos. O que tem me ajudado muito na minha busca pelo meu autoconhecimento como mulher e mãe.

Recolher-me e reaprender a viver foi essencial para a minha jornada de cura. Queria aproveitar esse espaço para falar mais sobre essa caminhada. E como pequenos gestos no dia-a-dia podem mudar nossa forma de encarar a maternidade e a vida. Vem que eu te conto tudo!

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